quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Romantismo - Gros, Delacroix, Géricault e Goya


28 - Novembro - 2013
Sumário: Romantismo - Gros, Delacroix, Géricault e Goya
.......................................................................................
O Romantismo é um movimento de tal maneira transversal que consegue inspirar inúmeras correntes, desde logo a corrente em que Gros, Géricault e Delacroix se encontram.
Influenciados pela natureza, acontecimentos trágicos, guerra e ambientes de dor conseguem transmitir a sensibilidade própria do movimento romântico.

Antoine-Jean Gros (1771-1835), em "O Pestíferos de Jafa", cena situada a Oriente, o tema é a guerra, a doença e a morte, Napoleão é colocado coma a figura de centralidade e representado como um herói sobre os moribundos, em analogia a Cristo.


Os Pestíferos de Jafa, Gros
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/19/Antoine-Jean_Gros_-_Bonaparte_visitant_les_pestif%C3%A9r%C3%A9s_de_Jaffa.jpg/300px-Antoine-Jean_Gros_-_Bonaparte_visitant_les_pestif%C3%A9r%C3%A9s_de_Jaffa.jpg

Como percursor da pintura Romântica em França, Théodore Géricault (1791-1824), a sua obra "A Jangada de Medusa", representa o drama heróico e questiona a condição humana na demanda da sobrevivência. É a representação de uma tragédia que chocou a opinião pública. Medusa era um barco pertencente à Armada francesa que naufragou ao largo da costa ocidental francesa, dos 200 passageiro apenas 15 sobreviveram a bordo de uma jangada improvisada obrigados a praticar canibalismo. 
É uma clara critica à sociedade que a revolução e o regime napoleónico criou, representa a degradação simbólica de valores.


A Jangada do Medusa, Géricault
Fonte:http://abrancoalmeida.files.wordpress.com/2009/04/image_58887_v2_m56577569830599065.jpg

Considerado por Baudelaire como melhor pintor romântico, Eugéne Delacroix (1798-1863), em o Massacre de Chios, retrata a luta pela independência da Grécia contra a Turquia (1821-1830), o artista homenageou a liberdade e a justiça.
Esta obra quebra as regras de representação na pintura o centro do quadro está vazio. O que nunca tinha acontecido anteriormente.


O massacre de Chios, Delacroix
Fonte: http://abrancoalmeida.files.wordpress.com/2005/09/delacroix_o-massacre-de-chios.jpg


Dante e Virgilio, Delacroix
Fonte:http://2.bp.blogspot.com/_cKrnjEZh71w/TGFsq4pTdAI/AAAAAAAAABU/XfgxNNcaMxA/s1600/O+sonho+da+raz%C3%A3o.jpg


A morte de Sardanapalo, Delacroix
Fonte: http://enfaseemhistoriadaarte.files.wordpress.com/2013/06/delacroix-3.jpg

Francisco Goya (1764-1828), antecipou o Romantismo e esteve à margem do Neoclássico, bem como do sistema politico e religioso da altura.
Teve como inspiração Velázquez, Rembrandt e a Natureza.
A obra "O 2 de Maio de 1808 na Porta do Sol", representa a guerra da independência.


O 2 de Maio de 1808, Goya
Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/ed/Goya_-_Second_of_May_1808.jpg


Maja vestida e maja desnuda, 1800, Goya
Fonte:http://st-listas.20minutos.es/images/2011-07/294852/3075842_640px.jpg?1310239298


O sonho da razão produz monstros 1797-1798, Goya
Fonte:http://2.bp.blogspot.com/_cKrnjEZh71w/TGFsq4pTdAI/AAAAAAAAABU/XfgxNNcaMxA/s1600/O+sonho+da+raz%C3%A3o.jpg


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O Romantismo

21-Novembro-2013
Sumário: O Romantismo
............................................................................................
O Romantismo não tomou uma atitude de ruptura imediata com o Neoclassicismo, aos poucos evidenciou-se como movimento.
O movimento afirma a liberdade individual e a rejeição da vida oca, reflexo da sociedade industrial e burguesa.
Os românticos apelavam à originalidade, imaginação, exacerbação das sensações, desvio à norma e à ordem e à diferença. 
Eram determinantemente contra à imitação da Antiguidade.
As temáticas românticas debruçavam-se o sobrenatural, o mistério, a melancolia, a crueldade, a construção de universos imaginários, fantásticos e sublimes.
Inspiram-se na natureza, no passado medieval, nas civilizações exóticas e na multiculturalidade.  
Charles Baudelaire (1821-1867), critico de arte refere que: "O Romantismo nem se encontra na eleição de um tema nem na verdade exacta, mas sim numa certa maneira de sentir." 


Ancião dos dias, William Blake (1757-1827)
Fonte: http://introduccionalsimbolismo.com/portugues/imagens/figura09.jpg



domingo, 17 de novembro de 2013

Neoclassicismo em Portugal

14 - Novembro - 2013
Sumário: Neoclassicismo em Portugal
.............................................................................................
Gradualmente o Neoclassicismo entra em Portugal sob clara influência da arquitectura "neopalladiana" de origem inglesa, essencialmente no Porto, bastião dos interesses comerciais da Inglaterra.
Em Lisboa o Neoclassicismo surge da influência italiana, de artistas italianos instalados em Lisboa e portugueses que estudavam em Roma.
A primeira grande grande intervenção de influência Neoclássica é o plano de reconstrução da baixa de Lisboa, denominado Plano da Baixa Pombalina planeados por:
- Manuel da Maia (1677-1768)
- Eugénio dos Santos (1711-1760)
- Carlos Mardel (1695-1763)
Foi um plano marcado por enorme pragmatismo pois era emergente a reconstrução da cidade. A racionalidade, sobriedade, simetria, repartição modular e austeridade formal e tipológica.


Baixa Pombalina

Os principais edifícios Neoclássicos são:


Palácio da Ajuda, José da Costa e Silva e Francisco Xavier Fabri 1802
 Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/60/Palacio_Ajuda_Lisboa_6.JPG



Palácio de São Bento, Miguel Ventura Terra 1896-1940
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c6/Pal%C3%A1cio_de_S%C3%A3o_Bento_(Lissabon_2009).jpg



Câmara Municipal de Lisboa, Domingos Parente da Silva 1867


Teatro Nacional de São Carlos, José da Costa e Silva 1792
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/06/Teatro_Nacional_S%C3%A3o_Carlos.jpg


Teatro Nacional D. Maria II, Fortunato Lodi 1842-1846
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/0d/TeatroNacionalDMariaII.JPG/327px-TeatroNacionalDMariaII.JPG


Igreja da Nossa Senhora do Pópulo, Braga. Carlos Amarante 1775
Fonte: http://brimaquinas.com/Portfolio%5C12.jpg


Igreja do Bom Jesus do Monte, Braga. Carlos Amarante 1784-1811
Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4e/Treppenaufgang_Bom_Jesus_do_Monte.jpg


Igreja da Ordem Terceira da Trindade, Porto. Carlos Amarante 1803
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c5/Igreja_Trindade_(Porto).jpg


Hospital de Santo António, Porto. John Carr 1769
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/36/Hospital_Santo_Antonio_(Porto).JPG


Feitoria Inglesa, Porto. John Whitehead 1785-1780
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2b/Feitoria_Inglesa_(Porto).JPG


Palácio do Carrancas, Porto. Joaquim da Costa Lima Sampaio 1795-1809
Fonte: http://www.historiadeportugal.info/historia-de-portugal/palacio-dos-carrancas/palacio-dos-carrancas%20(2).jpg

No que toca à pintura, destacam-se os artistas Vieira Portuese (1765-1805) e Domingos António Sequeira (1768-1836).

Cena Campestre, Vieira Portuense
Fonte: http://uploads1.wikipaintings.org/images/vieira-portuense/cena-campestre.jpg


D. Filipa de Vilhena armando seus filhos cavaleiros, Vieira Portuense
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Dona_Filipa_de_Vilhena.jpg


Retrato da Familia do 1º Visconde de Santarém, Domingos António de Sequeira
Fonte: http://www.museudearteantiga.pt/pt-PT/exposicao%20permanente/outras%20obras%20essenciais/ImageDetail.aspx?id=119

Na escultura destacam-se os nomes de Machado de Castro (1731-1832) e João José de Aguiar (1769-1841).


Estátua de D. João VI, Hospital da Marinha. João José de Aguiar
Fonte:http://3.bp.blogspot.com/-XdL3VH4I4pA/UTUJhF2yDlI/AAAAAAAAGjI/go8G5GlQLH4/s1600/mostra_imagem.jsp.jpg

sábado, 9 de novembro de 2013

Neoclassicismo - Síntese | Neoclassicismo em Portugal - Contexto Histórico

7 - Novembro - 2013
Sumário: Neoclassicismo - Síntese | Neoclassicismo em Portugal - Contexto Histórico (inicio) 
.............................................................................................
O neoclassicismo nasce do fim do Antigo Regime e do absolutismo em França. Consagra-se durante após a Revolução Francesa e a Revolução Industrial. Lado a lado com a implantação do liberalismo e da sociedade burguesa.
Conquista-se uma nova sociedade liberal, igualitária e fraterna.
As correntes de pensamento que marcaram o Neoclassicismo foram:
- Iluminismo;
- Cientismo;
- Racionalismo;
- Academícismo;
- Racionalismo;
- Historicismo.
Da exaltação contra o Barroco, o Neoclassicismo refere-se à Antiguidade como a arte perfeita e que melhor traduz a nova sociedade.
O Neoclassicismo inspira-se na Arte Clássica Greco-Romana, das escavações arqueológicas de Pompeia e Herculanum, por estudos e tratados bem como pinturas e gravuras.
As temáticas neoclássicas são alegóricas, mitológicas, históricas e de evocação heróica como o caso de Napoleão.
Na sua expressão artística utilizam as ordens arquitectónicas: Dórica, Jónica e Coríntia. As suas principais características são: Simplicidade; Pureza; Simetria; Sobriedade; Austeridade e Monumentalidade.

Neoclassicismo em Portugal - Contexto Histórico (Inicio)
Portugal atravessava uma conjuntura política e económica difícil em meados do século XVIII e inicio do século XIX.
Neste contexto, a implantação dos ideais iluministas e progressistas foram de difícil concretização bem como a entrada do Neoclassicismo.
Cronologicamente, deu-se o terramoto de 1755; as invasões francesas (1807-1810); a fuga da familia real para o Brasil (1807); domínio económico Inglês (tratado comercial de 1810 que tinha o ónus da expulsão das tropas francesas); perda gradual do Brasil e Regeneração Fontista de 1851. 


Expansão Neoclássica - Arquitectura, Pintura e Escultura

31 - Outubro - 2013
Sumário: Expansão Neoclássica - Arquitectura, Pintura e Escultura
.............................................................................................

As teorias de Laugier e Lodoli, evoluíram na defesa das formas geométricas puras e despojadas de decoração, deram origem a uma geração de arquitectos visionários.
Tais como:
J. J. Lequeu (1751-1823)
Etiénne Louis Boullé (1728-1799)
Claude Nicolas Ledoux (1736-1806)

Estes arquitectos projectaram diversas obras que não passaram do papel, como a "Casa de um guarda fluvial", "Cenotáfio a Newton", "Projecto da Igreja Metropolitana", "Salinas Reais de Chaux".







Estes visionários utilizam um novo conceito, a architecture parlante - arquitectura falante que transmite a função do edifício ao observador.
A expansão para os Estados Unidos, universaliza o Neoclássico.
O nome com mais destaque nos estados unidos é Thomas Jefferson (1743-1826), na Alemanha, Karl Shinkel (1781-1841) e na Inglaterra, John Nash (1752-1835).

















Pintura e Escultura

Paris e Roma eram por esta altura os grandes centros de desenvolvimento do Neoclássico.
Os temas destas vertentes artísticas passavam pela representação de momentos históricos, heróicos, alegóricos e mitológicos.
As principais características são:
- A monumentalidade das obras;
- Composições simples e equilibradas;
- Aperfeiçoamento técnico;
- Desenho rigoroso;
- Tratamento da luz.
A razão deve em qualquer circunstância regrar a criação plástica. - O ideal de beleza Clássico.
Jacques-Louis David (1748-1825), tornou-se o principal pintor Neoclássico, era o "artista oficial" da Revolução e do Império Napoleónico. Obras como: "Napoleão atravessando os Alpes (1801)" e "Marrat assassinado (1793)" destacam ao longo da sua enorme obra.
Também outro grande artista deste período foi, Jean Dominique Ingres (1790-1867), utilizava o retrato sóbrio e inexpressivo bem como atmosferas sensuais e exóticas.



















No que toca à escultura, Bertel Thorvaldsen (1770-1844) de origem dinamarquesa e radicado em Londres e António Canova (1757-1822) foram os grandes nomes neoclássicos. O processo criativo de ambos iria ao encontro do decalque das estátuas da Antiguidade.
Canova entendia que a arte clássica era a influência e o caminho a percorrer na construção de uma arte perfeita. 
O belo ideal - O ideal de beleza.





fonte:  Imagens - Simões Nunes, Paulo - História da Arte 12º ano
IBSN 972-680-470-1